terça-feira, 6 de março de 2007

Toltoi deve ter sido um grande pensador.
Guerra e paz deve ter dado que fazer, concerteza.
Desse-me Deus dotes de escrita e plagiava o nome para contar histórias da minha vida.
Ás 10h estou em paz.
Ás 11h já só tenho paz se realizar uma tarefa.
Ás 11h e 30m estou em guerra a discutir a tarefa.
Ao Meio dia ganhei paz, mas adiei a tarefa.
Ás 13h estou em paz mas sofro a ameaça de que já não há tarefa.
Ás 14h penso no tempo que discuti a tarefa que me tirara a paz e percebo que não vou ter paz.
Ás 15h vem a promessa da tarefa realizada mas só depois de um periodo de paz. Vai-se a paz pela tarefa e não há discussão porque despoletou-se a guerra.
Ás 20h percebo que só a tarefa pode trazer a paz, mas que preciso de discutir a tarefa para que a paz venha, e isso é guerra. Depois penso para que quero eu a tarefa se me traz a guerra.
Ás 23h percebo que a tarefa é a propria paz, mas impossível de realizar porque só pode acontecer depois de uma grande guerra.
Acordo! Sinto que aconteça o que acontecer serei sempre o bode expiatório, o senhor da guerra.
Recordo a velha teoria de que vale a pena uma pequna guerra para que se façam as pazes. Valia! Hoje não há guerra que dê em Paz, nem paz que dê em tarefa.
Assim, fecho o computador, desligo a placa, fundo o monitor, apago o disco de tão rigido que está e vou á guerra...que é o melhor caminho para a paz!
Obrigado Tolstoi.

domingo, 4 de março de 2007

O Silêncio.

Irrita-me o silencio do telemóvel.
Não ha nada pior que esperar que toque quando insiste em ficar mudo.
Ou talvez, quando toca sem que queira ouvir o seu som.
Nos dias de hoje este aparelho miraculoso concentra quase toda a nossa vida.
O seu silêncio pode mesmo significar que estamos a ficar mortos.
Haverá coisa pior que ligar-mos para o nosso 112, o privado, o que nos pode salvar, enão ser atendido? Uma, duas,...oito vezes?
Maldito seja o inventor deste hipotetico comunicador. Maldito pelo comando do silêncio. Maldito pela massificação do aparelho.
Mas hoje irrita-me o silêncio do telemóvel.
Irrita-me a chuva e o seu barulho ritmado.
Irritam-me as dores do corpo e as feridas da alma.
Irrito-me a mim proprio.
Vou ligar-me ao silêncio e esperar que a minha vida vibre, como se eu estivesse reunido, mesmo sabendo que só ninguem se reune.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Há muito tempo que não me sentia assim cansado e derrotado.
As coisas que a vida coloca no nosso caminho são cada vez mais pantanosas.
Meu Deus. Todos procuramos reconhecimento. Todos procuramos que a vida se assuma á nossa frente, sem atritos, sem dificuldades. Porque falhamos então tanto?
Devemos ceder ou exigir?
Quem não exige não pode queixar-se daquilo que obtem depois. Mas se exige em demasia se calhar nem terá tempo para analisar o que a vida lhe dá, porque simplesmente nada terá.
Ajudem-me! Quero ser justo. Quero ser verdadeiro. Quero ser feliz.
Exijo verdade, transparencia, coragem, abertura, partilha.
Estarei errado??