Ouvi hoje uma fantástica reportagem, na TSF, sobre a Cuba de Castro. Fidel e agora Raul!
A ilha da ideologia, da liberdade, do fracasso da mente, de correntes da prisão, e da luta.
Quanto mais apertada é a vigilância, maior é o exemplo de liberdade e de luta. Sem ideologias de esquerda ou direita, de religião ou outra, mas sim uma luta de pequenos, contra grandes, de ameaça e solução.
E de pequenas revoluções, diárias e persistentes.
Grande cuba que a politica torna eterna, mas que a musica faz sentir e chorar e rir e cantar e dançar e dançar outra vez.....
Foi directa a ligação a S.Miguel, aos Açores, a 6 anos da vida da minha família, a seis anos da minha vida, a seis anos da construção da vida dos meus filhos e a seis anos de maturação que transformaram a minha personalidade em fraca e a da Ana Cristina, forte, muito forte. A mesma fraqueza e força que tornam outros indiferentes.
Mas a paixão pelos Açores e pelas suas gentes ficou, fica e ficará.
A luta das pessoas, singular ou colectiva, é uma marca que prevalece, mesmo que subliminar.
Mas também a liberdade e a afirmação, como forma de revolucionar o futuro, que este presente é demasiado ameaçado para ser livre.
Falar dos Açores, mais do que retratar as suas paisagens verdes, é falar das vidas que a cultura, o hábito, o machismo, ou o tempo, tornam cinzentas.
Falar de relações é difícil e perigoso, mesmo que seja feito no sentido de enaltecer as mulheres que sofrem no silêncio a infidelidade, mais de apoio e amor, que de sexo, que é tão comum, ou o das que aceitam do conjugue tudo, uma vez que este deixe o seu salário disponível, ou o que este transforma em estatuto.
È pobre reduzir um povo e uma historia a um punhado de envergonhados factos como este.
MAs é Cuba e os Cubanos, nos seus gritos ensurdecedores, que me fazem chorar no silencio dos açorianos que apreendi a amar.
Ta dito!