quinta-feira, 15 de outubro de 2009

António Feio, Lenea Medeiros e a Puta da Vida


De 2004 para cá que a minha vida experimentou grandes mudanças, a nível económico, profissional, a nível do amor e mesmo a nível de saúde.
Tende a estabilizar e traz-me, de novo, a tão esperada felicidade, onde se esperava, e onde, por magia, se me apresentou.
Coisas banais que tendemos a hipervalorizar, como ter as contas em dia, e surgir um acumulado do gás, um tranche do cartão de crédito, uma avaria do carro, ou outra porcaria qualquer que abana e tenta destruir a moral, que carteiras já lá vão umas quantas.
Desde então que tenho também compartilhado a vida de uma amiga distante, que vem a minha casa passar as amarguras das radioterapias, das quimioterapias, das inúmeras tentativas de matar os bichos que a querem matar a ela.
Uma dessas vezes foi no natal deste ano, que se prolongou pelo ano novo, e que a devolveu aos Açores de Ambulância, preparada para o pior, que o seu fígado dava já conta de alojar os emissários do maldito câncer.
Outra das visitas foi hoje mesmo, desta vez para acompanhar a sua irmão no início de lides equivalentes.
Esta mulher, perdão, estas mulheres, têm uma força de vida brutal.
Em Julho quando cheguei aos açores e pensava vê-la acamada a definhar vejo-a de pé a receber-me com um grande sorriso e os braços abertos como se recebesse o mundo.
Cã está para dar força á irmã.
Seria este seu exemplo suficiente para me levantar e correr para o trabalho com uma brutal vontade de vencer o mundo, em vez de ir queixar do cansaço do trabalho, do atraso dos planos, do curto tempo dos briefings ou da sua imprecisão. Mas não. Por vezes esqueço-me da sorte que tenho e queixo-me.
Mas hoje, apesar de andar estranhamente feliz, de ter encontrado energia inesgotável (será do café?) de acreditar que a felicidade está ali mesmo á mão, hoje ainda me queixo, ainda me choro.
Então esta noite, acompanhado por estas incríveis mulheres, zangado com os meus filhos, angustiado com os seus comportamentos, saturado pela minha lentidão, triste por alguns amigos me desiludirem um pouco, amargo por acreditar menos na felicidade e por perceber que há perdas irreparáveis, hoje, hoje mesmo, vimos em família, em grupo, a entrevista de António Feio na RTP.
E meus caros deixemo-nos de falaciosa solidariedade ou pretensa preocupação com a saúde do homem em si. Nós somos, todos, sem excepção, muito mais doentes que ele.
Ele tem a carne a desistir dele e ele a não desistir de nada. Uma fé que não há religião que reclame autoria, um esperança que não é verde, é multicolor. Uma paz e serenidade que nem ousamos tentar usar nos outros.
Vimos em silêncio.
Perdão, eu ouvi aos gritos. Eu ouvi no maior turbilhão de sentimentos.
Eu amo. Eu choro. Eu sofro. Eu temo. Eu gozo. Eu dou. Eu recebo.
Mas estou muito mais morto que vivo pela minha atitude, pela minha postura.
Obrigado António.
Longa vida!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Via Madura!


Aderi á via verde com o novo carro da empresa. Optei pela "facilidade" que a empresa me oferece de comprar o aparelho numa bomba de gasolina ("adesão mais rápida"). Depois dirigi-me a um caixa Multibanco a activei o identificador.
Hoje pedi que fossem realizar o contrato a uma loja Via Verde para o tornar mais célere, por indicação da linha de apoio ao cliente.
Depois de concluído este processo liguei de novo para a referida linha e perguntei se já podia usar?
A resposta foi: Não, terá de esperar duas semanas!
A explicação foi dada: "O identificador foi adquirido numa loja externa, se tivesse sido numa loja nossa era imediato." então e a indicação ADESÃO MAIS RÁPIDA? ao que me responderam: "pois!"
Tecnologicamente muito avançada, a Via Verde em termos de marketing mente e em termos burocraticos, é velha, antiga,obsoleta.

domingo, 4 de outubro de 2009

Gracias a la Vida!

Acordei esta manhã com a noticia da morte de uma ilustre desconhecida MERCEDES SOSA.
Na realidade esta voz da contestação sul americana ajudou-me a nascer para a musica. São dela ou com ela as musicas que nos anos 60 me entraram na cabeçoa, essencialmente cantadas por ela, por elis regina e por joan baez.
Gracias a la Vida, Decolores, Solo lo piedo a dios, espritem estes videos do youtube:









E não parava por aqui.

Ha tempos que nao escrevo
Primeiro porque nao tenho tido tempo. Depois porque o que me apetece dizer, não se diz.

Mas gradulamente ca vou andando.