domingo, 8 de novembro de 2009

O Facebook

Queixo-me que não tenho tido vontade de escrever.
Não! Tenho. Mas escrita muito simples no Facebook.
Vou deixar este blog a vegetar
De vez em quando ponho por ca umas coisinhas.
Mas perdoem-me o abandono.
Tento escrever coisas nas coisas que faço.
Obrigado.

O Miguel Tem agora 15 anos





Nasceu de uma gravidez de risco (a minha tinha hepatite) e ainda com um sinal de nascença na cabeça que a todos preocupou.
Teve problemas respiratórios antes ainda do primeiro ano de vida.
Foi, por razoes de familia, um saltibanco
Já passou as passas do algarve.
Mas é feliz, sobretudo a sua maneira.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

António Feio, Lenea Medeiros e a Puta da Vida


De 2004 para cá que a minha vida experimentou grandes mudanças, a nível económico, profissional, a nível do amor e mesmo a nível de saúde.
Tende a estabilizar e traz-me, de novo, a tão esperada felicidade, onde se esperava, e onde, por magia, se me apresentou.
Coisas banais que tendemos a hipervalorizar, como ter as contas em dia, e surgir um acumulado do gás, um tranche do cartão de crédito, uma avaria do carro, ou outra porcaria qualquer que abana e tenta destruir a moral, que carteiras já lá vão umas quantas.
Desde então que tenho também compartilhado a vida de uma amiga distante, que vem a minha casa passar as amarguras das radioterapias, das quimioterapias, das inúmeras tentativas de matar os bichos que a querem matar a ela.
Uma dessas vezes foi no natal deste ano, que se prolongou pelo ano novo, e que a devolveu aos Açores de Ambulância, preparada para o pior, que o seu fígado dava já conta de alojar os emissários do maldito câncer.
Outra das visitas foi hoje mesmo, desta vez para acompanhar a sua irmão no início de lides equivalentes.
Esta mulher, perdão, estas mulheres, têm uma força de vida brutal.
Em Julho quando cheguei aos açores e pensava vê-la acamada a definhar vejo-a de pé a receber-me com um grande sorriso e os braços abertos como se recebesse o mundo.
Cã está para dar força á irmã.
Seria este seu exemplo suficiente para me levantar e correr para o trabalho com uma brutal vontade de vencer o mundo, em vez de ir queixar do cansaço do trabalho, do atraso dos planos, do curto tempo dos briefings ou da sua imprecisão. Mas não. Por vezes esqueço-me da sorte que tenho e queixo-me.
Mas hoje, apesar de andar estranhamente feliz, de ter encontrado energia inesgotável (será do café?) de acreditar que a felicidade está ali mesmo á mão, hoje ainda me queixo, ainda me choro.
Então esta noite, acompanhado por estas incríveis mulheres, zangado com os meus filhos, angustiado com os seus comportamentos, saturado pela minha lentidão, triste por alguns amigos me desiludirem um pouco, amargo por acreditar menos na felicidade e por perceber que há perdas irreparáveis, hoje, hoje mesmo, vimos em família, em grupo, a entrevista de António Feio na RTP.
E meus caros deixemo-nos de falaciosa solidariedade ou pretensa preocupação com a saúde do homem em si. Nós somos, todos, sem excepção, muito mais doentes que ele.
Ele tem a carne a desistir dele e ele a não desistir de nada. Uma fé que não há religião que reclame autoria, um esperança que não é verde, é multicolor. Uma paz e serenidade que nem ousamos tentar usar nos outros.
Vimos em silêncio.
Perdão, eu ouvi aos gritos. Eu ouvi no maior turbilhão de sentimentos.
Eu amo. Eu choro. Eu sofro. Eu temo. Eu gozo. Eu dou. Eu recebo.
Mas estou muito mais morto que vivo pela minha atitude, pela minha postura.
Obrigado António.
Longa vida!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Via Madura!


Aderi á via verde com o novo carro da empresa. Optei pela "facilidade" que a empresa me oferece de comprar o aparelho numa bomba de gasolina ("adesão mais rápida"). Depois dirigi-me a um caixa Multibanco a activei o identificador.
Hoje pedi que fossem realizar o contrato a uma loja Via Verde para o tornar mais célere, por indicação da linha de apoio ao cliente.
Depois de concluído este processo liguei de novo para a referida linha e perguntei se já podia usar?
A resposta foi: Não, terá de esperar duas semanas!
A explicação foi dada: "O identificador foi adquirido numa loja externa, se tivesse sido numa loja nossa era imediato." então e a indicação ADESÃO MAIS RÁPIDA? ao que me responderam: "pois!"
Tecnologicamente muito avançada, a Via Verde em termos de marketing mente e em termos burocraticos, é velha, antiga,obsoleta.

domingo, 4 de outubro de 2009

Gracias a la Vida!

Acordei esta manhã com a noticia da morte de uma ilustre desconhecida MERCEDES SOSA.
Na realidade esta voz da contestação sul americana ajudou-me a nascer para a musica. São dela ou com ela as musicas que nos anos 60 me entraram na cabeçoa, essencialmente cantadas por ela, por elis regina e por joan baez.
Gracias a la Vida, Decolores, Solo lo piedo a dios, espritem estes videos do youtube:









E não parava por aqui.

Ha tempos que nao escrevo
Primeiro porque nao tenho tido tempo. Depois porque o que me apetece dizer, não se diz.

Mas gradulamente ca vou andando.

domingo, 20 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

1 de Setembro de 2009


Hoje é o Primeiro dia do resto da minha vida!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009


S.Miguel tem um desenho bastante feminino, visto do ar, maior porta de entrada.
Na sua estreita cinta, Ponta Delgada de um lado e Ribeira Grande do outro, polvilham a ilha de pequenas casas, que do alto parecem botões de hortênsias.
Num dos topos, a lagoa das setes cidades apresenta-se como o olhar da ilha, um olho de cada cor, espelhando as permanentes nuvens, entrecortadas aqui e ali, por um teimoso raio de sol que anuncia deitar-se ao fundo das águas de Mosteiros.
Do ventre emanam fumos que o centro da terra oferece, numa mesquela de cheiros e de temperaturas, medicinais, ou simplesmente misteriosas.

Em quase todos os recantos da ilha, há surpreendentes e mutantes visões do paraíso natural que incorrem em sensações díspares consoante o momento e a companhia.

Do Sol guardo o calor reflectido no mar ou o brilho ofuscante da sua imagem numa qualquer lagoa.
Das cinzentas nuvens as descargas tempestuosas e belas dos raios dos deuses que iluminam a noite mas atormentam as almas. Espectáculo único, mas repetido nos vários quadrantes.

Descendo, narro os cheiros, sulfurosos das furnas e da ribeira quente, aos floridos dos campos de chá, e intensos dos portos de pesca, ou ainda levemente doces ou brutalmente picantes das bocas de fogão das hortênsias de gente espalhada pelas ancestrais povoações, quase todas ribeirinhas.

O gosto do alho e do picante atirado aos tremoços, ou misturado no afonsino molho das cracas. O ácido do limão que banha as lapas amanteigadas. O paladar que perdura das postas de cherne grelhada no “Borda de Água”, a carne vermelha e batida que os bifes ali têm, fritados num alho bem português ou em limão galego.
O cozido do centro da terra. O picante chouriço, o estranho pé de torresmo, as morcelas que restam da matança do porco, o suco da sopa de fervedouro, ou mesmo os recheios do assado, são lembranças que me despertam sensações que só consigo descrever com os olhos fechados.

As pessoas descrevem-se em mágoas. Histórias colectivas de dramas individuais.
Mas também em abraços e solidariedade.
Assimetrias, mas que se esvaem, sob o artificio explosivo do fogo que aceita o ano novo e mata o velho, numa qualquer calçada da ilha, ou no pátio festivo de alguns.
As mesmas gentes e emoções que atiram balões de água aos carnavalescos foliões. A guerra das limas.
Ou aqueles que em meditação e silêncio percorrem o perímetro da ilha, cantando aos santos e a Deus, em cada uma das moradas que se lhes atribui, pisando os pés e o corpo como penitência.
Os mesmos que gritam nas ruas apregoando a distribuição da carne que ajuda à comemoração do espírito, que aqui é santo.
Os hospitaleiros anónimos que entopem a cidade, recebendo dos cantos do mundo, os que no Senhor Santo Cristo, procuram ou agradecem os milagres da vida e a tenacidade e esforço da distância.

Também as pessoas mudam, como as paisagens, as cores e o sentido da vida.
Mendigam migalhas e ajudas, que misturam no álcool e nas drogas na busca de visões mais límpidas das negras vidas que carregam.
Tratam as relações como puzzles cujas peças tentam encaixar ou mudar em função dos estados de espírito, ou da falta deles.
Mas esquecem as mágoas se se lhes bate á porta um folião, ou um parceiro braçal para enfrentar as intempéries da vida ou da natureza.

Deixada para trás, este feminina ilha, parece agora um cachalote, tornado souvenir em pedra vulcânica. Fica na sombra da cauda do avião. Mostra as limpidas águas das suas lagoas, furnas e fogo em destaque, refletindo ainda os nossos sorrisos contemplativos, afogando as magoas que a saudade vai produzir. O nordeste e as suas cascatas choram a nossa ida.
Em terra ecoa ainda a mensagem de despedida: "até para o ano!"

domingo, 9 de agosto de 2009

Açores Fim de viagem


Foram tres semanas para recuperar quatro anos de ausência para uns e tres para outros.
Cada sitio uma memória e deu ainda para ver sitios novos e viver situações novas.
Poços e praia do Populo, praia da Povoação e piscinas naturais de Ponta Delgada. Piscona da Caloura e pouças dos mosteiros. A pouça da Dona Beija.Sitios de banhos e mergulhos inesqueciveis. Os locais onde o Tomas perdeu medo da agua do mar, das ondas e até da areia (aqui preta).
O João e o Miguel reviram amigos e colegas de escola, e parece-me que foi bastante agradável.
O Tomas o sitio onde nasceu e viveu os seus primeiros sete meses.
Nas capelas revisitámos o Aires a Dina o Tiago e o junior (aires mais novo), Encontrámos a mi e o martinho, o andre e o Bruno. O zé Maria a Paula a filha Sofia (gravidissima). A isabel. O Cabral e a sua Paula, o Domingos e a esposa. A susaninha.Cohecemos novas gentes.
Em Vila Franca do Campo o sr Carlos e srª Ana com o filho bruno, e claro a Micaela, razão fundamental da visita.
Na povoação 4 dias de muita comida e muita festa. A Lenia o Rui e o minhote (rui mais pequeno) a Dalila e o seu Vidal. O sr Marcelinoe a d. Zélia, a marina e o Fernando e ainda o Nelson que estava de visita da américa. O sergio a Maria José, o Fábio, o serginho a sandra e o mais velho (ai o nome que se foi)e os filhos e esposa destes. A Bia e a Daniela com a silvia e o Bandarra.
Meu deus como foi bom
A Conceição fez a ana reviver a escola e os seu desafios, bem como o João guilherme, primeiro professor do Miguel, que ate lhe gravou um cd com musica dos Metálica.
Não fizemos menos do que queríamos e previamos. Foi bom mesmo bom. Houve quem sentisse problemas com a nossa visita, mas nem reparámos nisso.
A elsa o Marco e o gui, a Kika, foram amigos e suporte logistico.
Na ultima semana a namorada Joana foi a razão de visitar e viver pedaços da ilha de uma forma mais preocupada.
A todos, sem excepção ficamos gratos.
Na despedida disseram "até para o ano"...porque não?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009