quinta-feira, 31 de maio de 2007

Amanhã é amanhã e o hoje nunca existiu!


Tudo está bem quando acaba bem!
Mesmo que me enganem, mesmo que me mintam, mesmo que me atraiçoem, mesmo que me façam mal sem que o mereça, mesmo assim, a todos que no exercício da verdade mo confessem, eu perdoo.
Não perdoo a mim mesmo por crer sem ver, por seguir sem planear, sem olhar a quem me quer bem!
Mas a vida é assim.
Sabemos nestes momentos quem temos do nosso lado e nos vigia no sentido de acompanhar.
Sempre,sempre e sempre Ana Cristina, por seres a minha outra alma, por seres o meu anjo da guarda.
E uma homenagem ao carácter de Jorge João, seja quem for que nunca trocámos olhares. Amigos assim não se devem desperdiçar e se havia duas partes de um conflito, este é o positivo da outra parte. Amigos assim não questionam, estão. Parabéns!
E pronto.
Mesmo sem ser lido fica o desabafo.
Tudo fiz para que quem está mal se tornasse melhor e procurasse para si o que quero para mim; preservar um conjunto de valores que me foram incutidos ao longo da vida, e que os mais de vinte anos que, com altos e baixos, recebi do meu relacionamento através do casamento me ensinaram.
Penso não ter conseguido. Mas dito por quem tanto errou, semeio a esperança de que o tempo e as mazelas que nos deixa, contribuam para que no futuro, após algumas quedas vertiginosas, se levantem e caminhem na direcção certa, que é a da verdade transparência e amor, do verdadeiro.
Mas agora tenho que seguir o meu caminho, que esta escrito nos registos da lei de Deus...até que a morte nos separe.
Cada dia que passa, é um dia novo, cada dia que passa, serve para corrigir os erros passados e escrever nas páginas da vida, registos de amor, que os nossos descendentes nos exigem e merecem, como contributo para que estes, os vindouros, sejam melhores e puros e contribuam para uma vida melhor de todos, de todos os que amamos.
Nada poderá deter o amor real, que está preservado apesar das distancias, das barreiras, das dificuldades.
Amo! e assim será!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

recuperando memorias. Publicado a 28 dez 06

Deveria ser informatico. Passo a vida a formatar o disco! neste novo reboot quero ter programas novos: Word 2007 para escrever apenas poesia, Excel 2007 para as contas serem, finalmente, a meu favor; Power Point 2007 para apresentacoes positivas e de grande charme; Hi7 so para amigos muito especiais.
O photoshop 2007 para alargar o sexo!

terça-feira, 29 de maio de 2007

Upi Upi Upi

É quase uma sina.
Depois de anos e anos a partilhar a minha vida com terceiros, essencialmete com casais, a quem sempre falei da união de duas almas (richard Bach sempre presente), dou por mim a cair no maior erro que apontava.
Não devemos aceitar o louco apelo inato do corpo e ceder aos devaneios sexuais que nos propõe. A partir daí nada será como dantes, nada.
Não escrevo isto para ninguém, mas todos podem ler se lhes fizer bem!
De facto, nas entrelinhas da vida, há sempre momentos de atracção fatal, situações de extrema adrenalina que nos levam a querer ir longe demais.
Mas devemos pará-los, castrá-los se necessário.
Da mesma forma que não defecamos na via pública, não devemos fornicar de forma pública.
Dou por mim a pensar e a escrever sobre o inferno em que vivi os meus últimos 3 anos.
Sim, inferno.
Confundi carinho, afecto e sexo, com amor.
Comprometi os que realmente me amam.
Mesmo depois de descobrir o erro, persisti e mantive moribunda uma relaçao, procurando não fazer vitimas e pensando culpa onde só havia loucura.
Parei.
Tentei entregar de novo a minha vida á linha que lhe traçara.
Mas recuei perante as dificuldades que eu proprio criei.
Perdi os que amava mais, e só recuperei alguns.
Faz-me falta o sorriso malandro do Ernesto, as irreverências da Teresa que deu ás filhas uma educação liberal e responsável e que sempre me marcou por isso, falta-me o afecto da pipa e da marta, falta-me o respeito e ademiração do gil,(bem como o perdão que lhe devo), falta-me a Paulita que se tornou mulher bem defronte da minha pacata vida e se fez mãe no limiar da loucura. Falta-me a mãe Fernanda feliz pelos meus sucessos, o pai Bernardino e as suas viagens a Àfrica. Falta-me tanto mais de cada um deles.
Faltam-me os que viam o brilho dos meus olhos quando me embrenhava num projecto novo, se calhar porque os meus olhos já não brilham.
Tentei atribuir culpa a coisas e a pessoas, quando só eu a assinei.
De repente passam pela minha vida outras pessoas, outros amigos, e esses preservo, o pedro, a margarida, o vasco e a sua familia toda, incluindo os melkianos.
E de repente revejo-me a viver situações horriveis, por um envolvimento fast food, sem sentido, orientação ou sem futuro, sem sonhos. Vejo-me a viajar de novo por um brutal labirinto de torturas, mentiras, leviandades, mais mentiras e um fraco caracter.
E que faço? Armo-me de novo em Deus, e penso que posso mudar o mundo. Sentimo-me culpado e não deixo que as pessoas errem por si proprias. Crio barreiras, faço justiça por maos proprias.
Essencialmente destruo o Paulo que todos sempre gostaram em vez de construir um novo e mais vigoroso.
E tenho que o dizer, a mulher que sempre amei, que sempre me amou,que comigo construi o futuro das nossas almas, essa, desvalorizei, remetendo-a a um papel de amiga especial, quase única, que sempre me segurou as mãos, que sempre me susteve as pernas, que sempre me levantou a cabeça, para prosseguir na estrada que escolhi. Tenho que o dizer, esta mulher é única, é a melhor de todas.
Não posso deixar de o dizer: A minha Mulher, a quem pertenço, a quem tudo devo, e a quem tudo fiz, merece melhor respeito e amor do que aquele que lhe sempre lhe dei.
Upi, Upi, Upi...
Porque consegui, pelo menos chegar a esta conclusão!!!!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Amor, queres ser minha amiga?

Afinal de contas o que é a amizade???
A pergunta que me fizeram hoje no hi5 era sobre o amor, mas a amizade é o amor num estado muito mais evoluido!
E em que ficamos?
Para alguns, um amigo é aquele que está sempre pronto a ajudar, a dar a propria camisa, a dar a cara por nós, a estar!
Também é o que nos faz parar, pensar, que agride a base do nosso dia a dia, que nos abana, que nos estimula e que nos leva a fazer o que é bom para nós mas nós não vemos devido á proximidade, com vivemos, de nós proprios.
E o afecto faz parte? Pois, baralha um bocado, mas faz.
Um amigo abraça-nos, aperta-nos contra si, limpa-nos as lágrimas, ou chora connosco.
Um amigo mostra-nos que com a sua força e a nossa, podemos levantar a cabeça e olhar para o futuro.
Um amigo pode até beijar-nos e fazer-nos sentir amor.
Mas não podemos chamar amigo aquele que depois nos despe e pensa passar a sua amizade para as mãos, para a lingua e para o sexo. Aí, e quando tiver que nos abanar, gritar, empurrar, não volta a ser nosso amigo.
Não podemos misturar ou confundir as coisas. Não não podemos.
O amigo que nos acolhe num momento mau, mesmo que nos ouça, nos entenda, nos apoie e abrace, se a seguir nos leva para o ninho, só é amigo enquanto dura.
Hoje mesmo, senti que um amigo desses deixou de ajudar um amigo, porque percebeu que não teria mais toques, mais caricias, mais fetiches se o ajudasse.
Eu sabia-o. Ele sabia-o. Mas quem dele precisava nunca vai saber...porque esteve demasiado proximo para o ver, porque esta demasiado distante para que o façam ver.
Já sei, que quando o que precisamos de uma amigo, é mais, muito mais, do que alguma vez lhe podemos dar, a nossa lista de amigos encolhe.
Mas sei também que nessa altura a qualidade dos que restam é maior e supera qualquer perda que entretanto tenha sentido.
Quero dizer que a amizade é muito mais que o amor, porque a amizade reziste a todas as tempestades.
E quero também dizer que hoje, hoje está de chuva!

domingo, 27 de maio de 2007

GRP TV 3



Nao ha duas sem tres.
Pronto

GRP TV 2



Ca esta o segundo.
A partir de 4 de Junho o canal esta ai.
Vimeca, Lisboa Transportes, Valpi, OFR, Rodoviaria de Lisbao, Transportes sul do tejo.
Todos os dias meia hora de lazer e descontracção.

Para que fique escrito!!!!


Se um dia alguém me vir, louco, ou aparentemente bem, a tentar envolver-me com quem quer que seja, DÊ-ME um tiro.
Não é inteligente procurar o que se tem. A piorar o que se vive. A alterar os sonhos. A vingar os passados.
Não há ontem, nem hoje.
Há que olhar sempre na mesma direcção, na do futuro.

Ontem fui jantar ao dito acampamento, que na realidade não é mais que um pedaço de céu recheado de anjos e de cânticos celestiais, acompanhando textos do outro mundo.

Mas, meu Deus, porque me afasto sempre deste tipo de sítios e mergulho nas densas florestas tropicais, onde me farto de transpirar por nada?

Não esqueçam o tiro, que eu não esqueço que pedi.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Xitilina e o Patinho Feio.





Não consigo deixar de mostrar.
Vejam o Blog da Xitilina: O texto que desenhou é um poema de amor. Parte profunda da nossa história.
A xitilina é a Ana Cristina (minha mulher desde sempre).
Eu sou o Patinho Feio.
Duas personagens criadas em Viseu para um programa de rádio.
Duas pessoas que passaram juntos 18 anos, com muita coisa boa e pouca má, mas profundamente má.
Desculpa Xitilina por ter sido tão Feio e Pato

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Estamos todos perdidos!!!

O Moura mostrou-me o caminho.
Apesar de ateu, lá nos disse como chatar com Deus.
Segui as instruções e chatei! (já reproduzo a conversa)
Descobri, e partilho, a razão fundamental pela qual este país é demoníaco, gerido por engenheiros e burocratas.
Um país que não tem MArketing, departamento de comunicação e não contractou o LPM para tratar das suas comunicações.
Nem figo, ou ronaldo, Vanessa Fernades, Rosa Mota, José Saramago, Fernando Pessoa, Cinha Jardim ou...nos salvam.
Percebam porquê.
Como já tinha dito, fui excluído, fomos excluídos!

Hello. What is your name?
Me:
paulo
God:
Nice to meet you, paulo.
Me:
where are you?
God:
I am in Myself's computer in Heaven. Where are you?
Me:
lisbon
God:
I have no idea where that is. Tell me a little about your life in lisbon.

Meu Deus!

Meu Deus!
Que andei eu a fazer?
Amanhã vou almoçar com uma amiga que não vejo há uns dois anos.
Este fim de semana estive com outra amiga que não via há uns 5 anos.
Ontem estive em Viseu e relembrei os tempos em que lá vivi, as emoções que aprendi e as que espalhei através dos programas de rádio que fiz.
Tenho saudades de "conversar" em directo com ilustres desconhecidos. Tenho saudades de terminar as noites com poesia. Tenho saudades de fazer amigos...todos os dias.
E depois há amigos novos, ao virar da esquina, que são plenos na amizade e na entrega, na promessa e no futuro, e eu fico aqui escondido atrás do teclado, sempre na esperança que as coisas difíceis passem por si.
Meu Deus!
Ainda bem que leio o blogg da xitilina.
Hoje lembrei a minha primeira viagem a África. Foi na sala dela, o pai conduziu-me através de histórias que me fizeram africano.
Quando pisei África a sério, no Quénia, já o pai Bernardino viajava por outras Áfricas na busca do espaço e das emoções que nos transmitiu.
Mas foi com as suas coordenadas que senti os primeiros cheiros, que moldei os novos horizontes, que abracei novos povos, que senti a pureza do sol e a genuidade das pessoas.
África é África. Mas a África que me deram a conhecer nas histórias de sala de jantar, é um mundo que fará sempre parte da minha alma.
Hakuna Matata.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

TGV - Transportes da Grande Vergonha


A minha família veio visitar-me, em socorro.
Fui um fim de semana bem agradável, relaxado, sem agenda, sem stress, e com a Loja toda lá em casa a reeditar a Páscoa. Adoro massas. (Há dias odiava).
Pronto. Normal.
À noite lá foram no intercidades.
A História é macabra:

FACTOS:
Ás 18h e 37 minutos partiram da gare do Oriente. Mãe, Miguel (12 anos) e Tomas (2 anos).
Passam em Coimbra ás 20h e 40m.
Chegam á Pampilhosa e param.
Uma hora depois o aviso: Uma avaria de uma composição na linha da beira alta, faz com que tenhamos de ficar retidos sem previsão de tempo.
Um outro comboio estava a obstruir a linha, e para além deste intercidades (lisboa-Guarda) havia ainda o outro (Guarda-Lisboa)
Este esperou 3 horas, o outro 5 (CINCO).
Informações por parte da CP NÃO!
Soluções? NÃO!
Ok, peguei no carro e pus rodas ao caminho que o Tomas já não aguentava mais.
Liguei á TSF, á SIC Noticias. Ás zero horas lá veio a noticia, já com declarações da cp e tudo. que estava resolvido e tudo voltaria á normalidade.

OBSERVAÇÕES:
Quando o comboio de Lisboa saiu, já se sabia do ocorrido.
Porque não avisaram os passageiros? Sempre podiam procurar uma alternativa.
À Passagem em Coimbra, idem!
Terá a CP medo de perder os seus passageiros para outros transportes?
Assim perde.
Terá o centro de decisão da CP mergulhado num fim de semana de descanso?
Pois mas os passageiros, não!

Para além dos prejuízos materiais (incluindo a minha alucinante viagem) há outros prejuízos, como a birra do Tomas, que são difíceis de apurar.

Mas grave mesmo é que se discuta tanto a evolução do transporte ferroviário e não se cuide de apurar o estado actual.

Reclamem, escrevam, gritem, chorem, mas encontrem uma forma de ultrapassar o autismo destes burocratas do estado, a servirem-se de nós, os pategos dos contribuintes.
Como diria José Socrates: Façam-no na hora!

sábado, 19 de maio de 2007

19 Dezanove!!!!!!!!!

É um número primo. Único. Impar. Marcante.
Marca momentos maus, e alguns dos melhores.
Passou hoje mais um!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

O excluído!


Fui!
Mas o equilíbrio da vida, de cada um de nós, e de todos, fez com que me sentisse bem.
Fui aos sessenta anos da gracinda buscar a juventude do branco, do purpura, e a profundidade de África.
A família, diz Richard Bach, não é a que vive debaixo do mesmo tecto, ou que se une por laços de sangue. Pois. È muito mais que isso!
Ontem, reencontrei a Marta. Lutadora abatida no ring, mas a recusar a contagem e a contrariar o árbitro.
Hoje, reencontrei-me a mim.
No preciso momento em que me sinto cair, a juventude da saskia soprou-me uma brisa (talvez de maracujá) e atirou-me as cordas da marioneta, elevando-me de novo.
O Sininho do peter pan (a Melissa) soube atirar-me um sorriso que me segurou cá em cima. As alergias da Jackie, deram-lhe aos olhos a perturbação que me fez pensar que não devemos lacrimejar que não por boas causas.
A Margarida, o Arnaldo, a Nika, a Graça, a Lidia deram-me eco aos risos.
O Vasco está sempre, não preciso de comentar.
E então?

Então o branco é puro, transparente, imenso, profundo, honesto, duradouro, eterno mesmo, e brilha,brilha tanto que anula as cores que o tentam perturbar.
E o purpura é o perdão, o esquecimento, o desprendimento, a raiva, e de novo o perdão, o arrependimento.

A mistura sinuosa das cores e a sua profundidade é a pena e o martírio.

A família que o mesmo tecto abrangeu por horas, é o laço e a esperança. A aurora e a madrugada, o céu estrelado.

Perdoem-me os que necessito que o façam, que jamais darei aos pormenores das encruzilhadas a importância de caminhos. Jamais sairei da rota por pequenos e escuros atalhos. Jamais trocarei o correcto pelo acessório.

Quero dizer?
Que sim, que há pequenos gestos de ternura que bem interpretados são sangue puro e sem glicémia, que pode correr nas minhas veias e dar-me força para vencer.

Obrigado por ser excluído

sábado, 12 de maio de 2007

São Tres. Aqui esta o primeiro.




Eu vi assim!
Um novo meio para acompanhar e divertir os passageiros de transportes públicos.
Grande Rede Portuguesa de Televisão.
Vi e disse!

O reino do Malhadinhas!


Era ainda crente, jovem, irresponsável, mundano, curioso, incrédulo e já rebelde.
Quatorze ou quinze anos, e um ódio incrível ao português e ás suas regras, oposição á paixão dos números.
Achava-me um numero primo, mas também um patinho feio, um Kalimero.
Aquilino apresentou-se com a sua rudeza, mas também com a coragem e o texto enrugado da vida.
Terá sido, das leituras obrigatórias, a que mais suco verteu na construção da minha consciência de leitor.
Muitos anos mais tarde, pouco depois da minha idade de prata, voltei a deixar a mente viajar ás mesmas paragens, através do preguiçosos relatos que uma amiga fez da sua passagem como professora por Sernancelhe.
Imaginei, antes ainda de conhecer, um local frio e escuro, onde anoitecia antes de tudo o mais, e vi crianças rudes e rijas a adocicar a vida com os sonhos que as letras lhe permitiam.
Cecília, não sob interpretar Aquilino, e virou as costas ao futuro que tinha á sua frente, pela distância, o frio e, já disse, pela preguiça.
Alguns anos depois foi concretizar a imagem, mas surpreendi-me pelo ambiente transparente, pela saudável vida dos animais e pelo germinar de sementes.
Vi crianças normais, com sonhos modestos, a crescer ao ritmo do tempo e a criar futuro. Vi marcas da história.
Nos dias de hoje Sernancelhe, distante e esquecida, cruza-se de novo comigo.
Foi abrigo e pão da família que preguiçosamente abandonei, de forma rude e cinzenta, fazendo os seus sonhos anoitecer mais cedo do que previsto.
Mas por tudo isso, foi também local de recomeço e esperança.
De sacrifício, trabalho e entrega.
Foi Sernancelhe que me afastou do bem e do prazer.
Que me castigou pela distância e pelo frio.
Quase ao mesmo tempo, esta terra sulcada pela arte da escrita de Aquilino trouxe ás encruzilhadas da vida um dos filhos do tempo de Cecília, preguiçosamente abandonados nas duras cadeiras da formação.
Foi mais um encontro vincado, com se descreve na literatura.
Uma ilusão criada pelos sonhos modestos dessa geração.
Uma marca dura e um marco acido como o trabalho das suas gentes.
Aprendi que é fácil cultivar orgulho pela modéstia do trabalho brutal do dia a dia das suas gentes.
Aprendi que os horizontes dos montes são mais longínquos nas gentes.
Que a preguiça dos formadores afecta o comportamento do futuro.
Lembrei-me da descrição da prosa referindo as rugas e a dureza das mãos.
Olho agora para as minhas.
Ainda agora as abri para receber e dar, e vejo-as irremediavelmente fechadas.
O povo diz que a quem se dá a mão quer logo o braço, e eu que dei tudo vi querer o impossível. Fico mais rude e cruel.
Mais insensível e vazio.
Fico mais cinzento e vejo-me anoitecer.
Queira Deus que o futuro me traga mais visão.
Quero transparência e verdade e não viver... ...Nas terras do DEMO!

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Fogo!

Sentei-me e esperei.
Uma carrada de anos, a espera.
Esperei que osmeus erros se autocorrigissem. Mas são tantos...
Mas o maior de todos é a esperança.
Acreditar que as coisas vão acontecer como gostaríamos que acontecessem, é um erro.
Fiquei sentado á espera que a confiança nos outros me fosse depositada nas mãos enada fiz para a receber.
È bem verdade que eu violei gravemente a confiança que alguém depositou em mim. Mas paguei caro.
Priemeiro as pessoas só se entregam quando se sentem completas, recheadas e a entrega lhes traz mais valias. Mas isso demora a ser percepcionado. E a falsa segurança que o segredo ou a falta de partilha que as pessoas devem umas ás outras, nos transmite é horrível.
Gostamos que noscontem as coisas, os actos, os pensamentos,os erros, as inseguranças, mas depois queremos entende-las e fzê-las ser entendidas, e´aí vem o conflito e discussão.
Mas desconfiar das pessoas afasta-nos e isola-nos.
E hoje eu sinto-me irremediávelmente só.
Mas lá vem de novo a esperança.
Vou olhar noutra direcção e acreditar que é possivel confiar nas pessoas.
Mas, desta vez, não vou ficar sentado

sábado, 5 de maio de 2007

Aprender com os filhos

O puto fez asneira da grossa.
Atirou-se as primeiros cigarros, anunciou (mentindo-penso eu-)que charrou, fez os professores saltar a tampa, e andou de chave em riste a riscar pinturas de automóveis.
Tem 12 anos.
Fui a casa tentar gritar-lhe á razão.
Perdi!
A mãe mostrou-me este texto, e eu fiquei de crescer um pouco para lhe poder dar na cabeça.
Cá Fica:

Rap Analfabeto


Analfabeto funcional
Apanha tudo mal
Já parece um animal
Irracional;

À vista de quem vê
É só alguém que não lê
Só porque não crê
Que pode ser grande
E talvez importante

Mas só se ler
E se tiver coragem de ver
Que é analfabeto
Se lesse...

Talvez chegasse ao topo
Podia beber dum copo
De cristal
Podia virar advogado,médico e tal...

Mas se nao lê vai-se transformar

Num analfabeto funcional
Vai apanhar tudo mal
E parecer um animal
Irracional...
Pronto!