sexta-feira, 18 de maio de 2007

O excluído!


Fui!
Mas o equilíbrio da vida, de cada um de nós, e de todos, fez com que me sentisse bem.
Fui aos sessenta anos da gracinda buscar a juventude do branco, do purpura, e a profundidade de África.
A família, diz Richard Bach, não é a que vive debaixo do mesmo tecto, ou que se une por laços de sangue. Pois. È muito mais que isso!
Ontem, reencontrei a Marta. Lutadora abatida no ring, mas a recusar a contagem e a contrariar o árbitro.
Hoje, reencontrei-me a mim.
No preciso momento em que me sinto cair, a juventude da saskia soprou-me uma brisa (talvez de maracujá) e atirou-me as cordas da marioneta, elevando-me de novo.
O Sininho do peter pan (a Melissa) soube atirar-me um sorriso que me segurou cá em cima. As alergias da Jackie, deram-lhe aos olhos a perturbação que me fez pensar que não devemos lacrimejar que não por boas causas.
A Margarida, o Arnaldo, a Nika, a Graça, a Lidia deram-me eco aos risos.
O Vasco está sempre, não preciso de comentar.
E então?

Então o branco é puro, transparente, imenso, profundo, honesto, duradouro, eterno mesmo, e brilha,brilha tanto que anula as cores que o tentam perturbar.
E o purpura é o perdão, o esquecimento, o desprendimento, a raiva, e de novo o perdão, o arrependimento.

A mistura sinuosa das cores e a sua profundidade é a pena e o martírio.

A família que o mesmo tecto abrangeu por horas, é o laço e a esperança. A aurora e a madrugada, o céu estrelado.

Perdoem-me os que necessito que o façam, que jamais darei aos pormenores das encruzilhadas a importância de caminhos. Jamais sairei da rota por pequenos e escuros atalhos. Jamais trocarei o correcto pelo acessório.

Quero dizer?
Que sim, que há pequenos gestos de ternura que bem interpretados são sangue puro e sem glicémia, que pode correr nas minhas veias e dar-me força para vencer.

Obrigado por ser excluído

3 comentários:

Maria di Luca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria di Luca disse...

O mundo
é o teu caderno de exercícios
as páginas onde fazes as contas.
Mas ele não é a realidade
embora nele a possas expressar se quiseres

Também és livre
de escrever coisas sem sentido
ou mentiras,ou até
de rasgar
as folhas

de alguém que não eu,
o sentimento, o sentido e o sentir
é igual

Lídia

Maria di Luca disse...

Não!
Engane-se quem julga que a vida é negra.
Nós fazêmo-la negra,
às vezes!
A luta é grande, oh se é camarada Paulo!
Mas é bom sentir a luz do pôr do sol, receber um sorriso tipo Jacquie, ter um filho rap de 12 anos, descobrir todos os dias um novo ser humano, ainda que seja anti-melkiano!
Aí!
ai meu Deus! segurem-me, tirem-mo da frente,pois quero, preciso do meu Melkia para viver!!!
Mas a luta continua camarada Paulo.
Lídia