sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Dia 3 A Revolução Digital


Feita de mansinho, a revolução entranhou-se nos comportamentos.
Como todas, há os que lidam bem com a novidade, apreendem, dominam e usam à medida.
Outros que acham que a alquimia é digital e usam e desusam a granel.

Eu vou usando. Penso analítico e uso digital. É como andar uma vida a converter Euros em escudos. Perdem-se sempre uns tostões.

Desde que o Facebook deu a cara, encontrei dezenas de amigos, conhecidos, colegas, “vi uma vez”, estive com ele, etc. Enfim 1.350.
Este ano que se finou vieram uns quantos novos: A Mariza; Teresa; Beta; Paula; Palmeira, Nuno…
São amigos de há 30 anos, talvez mais. Um dia a vida enviou-nos por estradas diferentes.
Hoje os que mais nos une são memórias, são cumplicidades, são projetos inacabados, ou fechados com outros.
Ainda em 2012 o Paulo Eduardo mandou um mail com história tristes da casa do meu pai que foi abaixo soterrando memórias e aventuras. No jantar do liceu o Palmeira que almoçava la em casa referia os pitéus da minha mãe. Esta noite o Nuno disse que vasculhou o meu face à procura de uma foto da velha senhora.
Descubro que guardei coisas do passado em pastas secretas que vou abrindo com as passwords que estes velhos novos amigos me vão desvendando.
Descubro que construíram ficheiros e ficheiros de acesso reservado a que só agora posso aceder.
E partilho. Ganho vida e tempo e memória. Ganho também saudade e alguma magoa. Guardo fé e esperança.

E fico feliz, digitalmente, por saber que nado do que fiz foi em vão. Tudo está guardado, como ficheiro de segurança, num qualquer servidor de qualquer user dos que comigo fazem a comunidade da minha vida.

Viva a Revolução.
Viva a Revolução digital.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bahhhhh.... tudo tretas, a vida real é perder "amigos" ao longo da vida para que só subsistam os que realmente interessam, é guardar memórias na nossa memória, é conviver com pessoas de carne e osso, é partilhar risos em vez de lol...