Herdei uma entrada no concerto de hoje do Elton Jonhn. Nikita foi a banda sonora do meu namoro. Hoje, possivelmente vou revive-la.
Ontem foi mais uma noite de jantar com o bonus da catarina. Dão de 2004 foi o fio condutor da noite e cumpriu bem a sua missão. Mas ontem foi uma noite menos humorada e mais para o profundo. Coisas do amor. Gaita que a viver é um exercicio complicado e varia brutalmente de protagonista para protagonista. Mas gostei, gostei demais, como alias prevera. Daqui a 15 há mais.
Possivelmente dei os meus primeiros passos de dança ao som de MJ. Polemico e genial. Morreu há uma hora atras. CNN SKY e emissaõ especial da sic. Por pura coincidencia estava no Youtube a ouvir musica portuguesa dos anos 80. Herois do mar, JAfumega, Fernado girão, Lara li, Salada de frutas... A vida é uma junção de memórias.....
Tenho uma cama nova (e uma velha para me desfazer e nem sei como). E por isso dormi menos bem. Já pus um candeeiro novo na cozinha,e ana vou por uma tomada ao lado do fogão-nao precisas de picar mais o toze)(nunca se deve arriscar!!!!)
Mas isto de ir ao Ikea tem os seus males. Adoro que o meu tomas goste de puzzeles, mas estes do ikea deixam marcas nas mãos. Incharam, estão doridas e feias. Bah!
Entrevistado na RTP1 um vendedor de sardinhas do S.João do Porto dizia que comprara 2.500 sardinhas e que as estava a vender a 1,50€ cada.
A 2700Km em Vila Franca do campo o S.João teria mais sardinhas e a custo ZERO!
Diferenças que vale a pena anotar.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Le voilá. Estou já registado no centro de emprego da minha residência, obrigado a mostrar sinais de vida de 15 em 15 dias e a procurar emprego activamente.
Já me tinha acontecido. Mas quanto mais tarde acontece mais duro é de aceitar.
Sempre fui um artesão da comunicação. Fiz estratégias e planos, usei media, criei media, inventei suportes, inovei formas, dinamizei conteúdos. Ganhei prémios. Corre Cannes mais um ano com leões para outros artesãos da comunicação, e eu olho para o meu leão, pobre e solitário como eu, já bolorento guardado no tempo.
Trabalhei “contas” de luxo. Lever, Fima, Pingo doce, BCP, Vodafone, Rover, Kia Nutrinveste, compal, nacional e fula, Unibanco e Jazztel, Allianz e savora, diese e wcpato, Benfica. Deitei as mãos as marcas Bacalhau da Noruega e Salmão da Noruega, inventei para a National Geographic Magazine e para a Europcar. Negociei com as televisões, as rádios a imprensa e o exterior. Fiz o meu próprio meio, que vi definhar em parcerias mal intencionadas. Tive ajudas e criei amizades.
Foram quinze anos de carreira. Foram bons quinze anos. Fiz parte de grandes equipas, a Initiative, a melhor escola de sempre, a Bates, o desafio da vida, a Bus TV. Lisboa a três tempos depois de no porto ter trabalhado no grupo Amorim, de ter dinamizado o lançamento da Projecto Global, de ter criado a minha discretíssima agência, a Bolsa Optimizada de meios. Depois de em Coimbra ter criado uma das primeiras agências de publicidade de sempre. Depois de ter feito rádio em Coimbra, em Viseu em Mangualde e no Luxemburgo. Fui Sonoplasta, técnico de som, fui locutor em feiras e certames. Produzi discos e contribui para alguns filmes documentários.
E de repente, apago todo este passado e volto á estaca zero. No preciso momento em que os meus melhores amigos deixam as suas carreiras para trás e abraçam novos desafios. No momento em que os meios perdem a cabeça, dando prioridade ao dinheiro e não á comunicação, em que as agências se mercantilizaram e deixaram de servir. No momento é que se tornou mais importante fazer que pensar. Em que se paga a quem não pode pensar porque os outros custam mesmo dinheiro.
E não trago um único resticio de arrependimento ou mágoa. Fico feliz sempre que me recordo de um trabalho, de uma missão.
No que foi o mais importante trabalho da minha carreira, a criação do Logótipo Humano que deu apoio á candidatura de Portugal ao Euro 2004, encontrei parceiros e audazes colaboradores que me mostraram que a nossa tarefa fundamental é servir e ficar feliz por se conseguir. Foi aí que conheci José Sócrates, hoje primeiro-ministro, então ministro-adjunto de Guterres, e o primeiro a arregaçar as mangas para trabalhar na noite longa da montagem do evento.
Gostei desse exemplo de trabalho. E vou usá-lo para descer á rua, de mangas arregaçadas, também, a procura de um novo começo. Porque trabalhar é mais do que um recurso, é viver intensamente uma missão, dar o melhor que se pode e tentar poder cada vez mais.
Penso que nem dá para imaginar... Ultimamente temos vivido a vida do poeta Manuel Cintra, através da sua escrita e da sua representação. Assim, sem mais.
Ontem fomos vê-lo na figura de homem de palco. Uau! que fera!
Hoje, sentou-se, atirou-se a um pedaço de queijo e outro de paté, saboreou lentamente um copo do seu vinho de Marselha e...
Leu à Ana Cristina a Ana Cristina.
Puxou-lhe as lágrimas da alma...
Penso que nem dá para imaginar... Ouvir as palavras do Manuel Cintra pelo Manuel Cintra!
O calor está ai! Nota-se no ar cansado das pessoas na rua, bem como na forma mais despida com que enfrentamos a temperatura.
Mas há calores que não escolhem estação.
Os que nos sobem á face quando estamos perto de secreto apaixonado. Os que mostramos quando somos apanhados em situações pouco comuns. E ainda os calores da idade, que aprecem e desaparecem, por vezes nos momentos menos propícios.
O calor esta ai. Mas eu coro por razoes diversas destas, Coro de vergonha por ainda existirem pessoas que não obedecem a nenhum padrão de respeito, de valor, e de solidariedade. Pessoas que não construindo uma personalidade, se divertem a destruir a personalidade de terceiros.
Graças a Deus que a seguir ao verão volta o Outono baixam as temperaturas e vestimos mais uns trapinhos. Fica a esperança de que estes animais hibernem!
Acabo mesmo agora de ler um livro em que, por força do destino, um homem morre, e a sua morte permite um transplante de coração à mulher que mais amou na vida. Gostava que assim fosse, que depois de partir, na filosofia de que nada se perde, a minha energia, o meu amor, a minha força, passassem directamente para os que amo.
Ontem, acordei do lado errado da vida. 3 Multas graves. Algumas discussões e uma enorme angustia da continuada espera por amanhã. A noite terminou bem,em lágrimas, mas de felicidade.
Chego ao computador e leio um mail.
"Pensa nos teus filhos Pensa nas tuas viagens Pensa nos teus prémios Pensa nas equipa que já lideraste Pensa nos amores conquistados, mesmos aqueles que se perderam Pensa na tua escrita Pensa na felicidade que consegues proporcionar aos teus amigos Pensa na tua maior riqueza que é esse dom de fazer e ter amigos Pensa nos açores Pensa em pic nic
São tantas coisas,..."
e
"Quem tem um passado como o teu, tem seguramente um futuro bom… é uma etapa… esta etapa está a demorar a passar mas vai passar e depois da tempestade, já sabes, o sol volta a brilhar"
Á partida nada faria com que as nossas vidas se cruzassem. Vinte anos de diferenças, mundos diferentes. Naquele dia, inicio de Abril de 2007, o emprego fez com que nos encontrássemos no mesmo sitio, na mesma situação. Não consigo explicar tudo, mas o meu radar emotivo descobriu-a, com ar muito jovem, preparada para uma reunião. Entrámos. Nos primeiros meses, via a todos os dias (ter a minha secretaria frente a porta da casa de banho era uma boa razão). Alguns cafés juntos e alguns almoços e percebemos como havia tantas coisas em comum interesses cruzados. Ela é uma mulher insegura, é verdade, mas brutalmente determinada e com uma vontade de lutar pelo que quer .normal. Os almoços juntos, quase todos os dias, levaram-me a optar por a tratar por namorada (ainda hoje é assim) e assim calar de vez alguns comentários invejosos que surgiam de pessoas menos qualificadas. Daí até hoje partilhamos imenso das nossas vidas. Confidentes, cúmplices, apoiantes mútuos, namorados zangados e com amuos, festas juntas, alegrias partilhadas, lágrimas em grupo. Ralhetes. Zangas. Enfim tudo o que é normal entre dois bons amigos. A irmã que não vivi? A filha que não tive? Talvez. Mas sobretudo uma grande amizade. Amor, mesmo, do mais puro e desinteressado. Uma companheira. Acho que na vida devemos aproveitar tudo o que de bom nos oferecem. Estou grato por isso.
Faz hoje 27 anos. Joana Rosa. Se não tivesse defeitos, estranhava. Mas as suas qualidades fazem com que cada dia que partilhamos seja um desafio á amizade, um nó na esperança de cada um de nós e todos, sermos cada vez mais felizes.
De tudo o que não me apetece dizer sobre ela, deixo apenas uma…o sorrriso!
Lisboa ganhou o meu estado de espirito...desertou! Dia optimo para correr os jardins do parque expo, descalço, atras de uma bola, ou do sorriso do Tomas.
Com força e com vontade A felicidade há de se espalhar Com toda intensidade Háa de molhar o seco De enxugar os olhos De iluminar os becos Antes que seja tarde Há de assaltar os bares E retomar as ruas E visitar os lares Antes que seja tarde Há de rasgar as trevas E abençoar o dia E de guardar as pedras Antes que seja tarde Há de deixar sementes No mais bendito fruto Na terra e no ventre Antes que seja tarde Há de fazer alarde E libertar os sonhos Da nossa mocidade Antes que seja tarde Há de mudar os homens Antes que a chama apague Antes que a fé se acabe Antes que seja tarde.
Não ter nada de útil para fazer, cansa! Somos um pais de merda. Não produzimos e quiexamo-nos de que há crise e tal... Tenho lidado de perto com um grupo de malta mais nova, tipo 26 a 30 anos, e fico tranquilo por saber que trabalham dando de si o melhor mesmo quando as condições são precárias. Mas precário é tudo, hoje em dia. Até a vida, o amor, a amizade, o sentir, é precário. Por isso tento alimentar dia a dia cada um dos itens da minha vida. Só não entendo porque nem sempre consigo!
Sinal dos tempos, houve hoje uma tentativa de boicote. Antes seria pela falta de água, luz ou esgotos, hoje por falta de banda larga no acesso á internet.
Votei!
Eu e a xitilina votámos de sinal absolutamente contrario. Viveremos Europas diferentes?
Votei! Posso telefonar ao deputado em quem votei a propor, a criticar a perguntar?
Votei!
sábado, 6 de junho de 2009
Não há redes sociais melhores que as reais. Ontem jantei com um grupo de um ou dois conhecidos ou amigos e uma serie de desconhecidos que acabarma de comer, já como amigos. Precisava.
E acho que precisamos todos.
Lanço aqui um repto, agora que chegou o Verão, um pic nick de bloguistas, algures, nun sitio fresco perto de lisboa, para criar esta rede de amigos?
Mas para que preciso eu de caridade? Para que quero eu atenção e mimo e sei la que mais?
Então mas não serei eu merecedor de um bocado mais de atenção, precisamente quando estou na merda, quando acho que o mundo esta todo contra mim, quando reparo que há sorrisos na rua e não são meus. E se for bipolar? Que fixe tenho duas maneiras de ver o mundo e vivo bem com elas!
Gaita, a desilusão é uma dor aguda sem biopsias sem analises, ecografia, raiox ou quimo. Instala-se e que se lixe...morre-se com ela.
O vírus mais perigoso é o da mentira, mesmo que atacado a tempo, ficam sempre mazelas, não tenho duvida disso. Lamentavelmente por vezes nem tem cura.
E assim se viram as páginas da vida. De repente o livro que desenhava a cores, ficou cinzento. E agora só me resta ver o tempo amarelece-lo!
Agora que eu não merecia, lá isso não.
Mas como em tudo o tempo fará com que se perceba, cada um, e todos, que um erro sempre se pode corrigir.
Junho já está ai. Meio ano que se prepara para completar o seu caminho E eu com quase tudo na mesma. Pior as minhas relações pessoais, o meu desencanto, fúria, raiva amuo e tristeza. O meu sexto sentido baralha-me. Sinto de antemão, nos outros, o que sentem de facto em relação a mim e entristeço com qualquer tipo de treta. Temo que tenha que me isolar. Temo mesmo.
Preciso de um milagre! Do tipo irreal mesmo. Preciso de voltar a sentir que sou valido e de perceber como. De partilhar de novo, chorar mas acabar a rir num abraço, Chorar e gritar mas compensar no amor dos corpos, chorar pelo prazer e voltar a viver com alma. Preciso de me sentir vivo, lamentavelmnete dependo sempre de terceiros.
