quarta-feira, 4 de julho de 2007

Quem canta seus males espanta!



Se os olhos são o portal da alma e não filtram qualquer informação a um bom observador,
Se as mãos são o relatório da vida e não escondem as mazelas do tempo e a praxis,
Hoje descobri que a boca e os dentes podem ser o espelho da sensibilidade, do afecto, do carinho e da ternura.

Vi uns lábios húmidos pelo canto a mordiscarem palavras antigas de Deus, com um jogo inato, de sedução, mostrando, ou não, uns dentes brancos, grandes e seguramente doces, quais sombras chinesas, espelhando apenas a magia do seu uso.
Pena é que ao fecharmos os lábios deixemos que a marca da vida nos baixe as pontas e mostre a severidade que a alma não ousa, nunca, mesmo nunca, ostentar.

Fui ao palácio Foz ouvir o coro regina coeli de Lisboa e acabei vendo esta incógnita "corista" que me fez sentir como nunca, Bernstein, Bethoven, Brahms e Rossini.

A música é também uma viagem, e eu fui em 1ª Classe!

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