Mentira, Juro que é mentira!

Odeio o jogo e a mentira.
Pobre de quem depende dela para sobreviver, seja do que for.
A hipocrisia é o maior dos males mais comuns.
Prefiro que me digam que me odeia do que me atirem sorrisos e abraços, á falta de marretas e facadas.
É certo que ninguém diz a verdade toda. Não por se ser mentiroso, mas porque há pequenas verdades que magoam e que despedaçam. E o medo. O medo de a verdade não ser aceite. E o que se perde.
Já menti. Já menti assim. E já vivi mentiras horríveis de que fui sempre a vitima, directa ou indirectamente.

Hoje tento dizer sempre a verdade, mesmo quando sinto que vivo num ambiente mentiroso, per si.
Mas as mentiras que mais me irritam são as desnecessárias, as inocentes, as tanto faz que seja verdade como não,e que acontecem sempre para se evitar uma explicação que tem mais a ver com as nossas fraquezas do que com os nossos segredos.
E eu tenho segredos.
Tenho o segredo de me apaixonar por pessoas simples, tipo á primeira vista, e me despir para elas, todos os dias, por não querer esconder nada. E apanho frio! Gosto de pessoas simples, sem segredos sem nada a perder ou a ganhar que não seja serem simples e ficarem felizes com coisas simples.
Tenho segredo de amar a minha mulher e os meus filhos e de nem sempre me despir para eles,por ter medo do frio que apanho a despir-me para os outros.

E, meu Deus, sejas quem for, não tenho soluções para tudo e menos ainda para o vazio que construo em mim quando me revisto depois de apanhar frio.
E como são horríveis as tempestades que se apanham na carreira profissional, onde a maior parte das vezes esperam que me dispa, para depois me tentarem enfiar o dedo no cu!

Se calhar devo amar menos! Se calhar devo bater com os cornos na parede e esperar que esta sangre, para que me dê pena...da parede, claro.
Mas é tão bom pensar que amar é um boomerang e que volta. Mas, porra, porque há-de vir sempre por um trajecto diferente daquele que gostaria?